
O empreendedor Francisco J. Ferrão já trabalhou em várias áreas de negócio. Cruzou-se com a Aníbal Reis – Remodelações e Interiores por recomendação de amigos comuns. Umas obras de melhoramentos em várias divisões da sua casa foram o mote para o início de uma nova e sólida amizade. Muitas afinidades polvilham as nossas conversas. O clube de futebol, a música, a gastronomia…
A situação atual está (ou afetou) a sua vida e o seu trabalho?
Obviamente que sim. Somos seres sociais, de contato, e naturalmente que não sou excepção. A nível profissional, vi alguns projetos serem parados, devido à pandemia, mas também surgiram novas oportunidades. A nível pessoal tem sido mais complicado, especialmente pela ausência física da família e dos amigos. Há ainda pequenos prazeres que me fazem falta, como jogar ténis, ou golfe. Mas o pior é mesmo a distância física das pessoas. Felizmente que a conetividade das pessoas hoje em dia é muito boa, e facilmente ponho o meu filho a almoçar virtualmente com os avós… claro que daqui a poucos dias, estes momentos deixarão de ser virtuais e passarão a ser presenciais. E a amizade nunca deixa de a ser, mesmo com a ausência física das pessoas. Continuo a não ver televisão. Vou recebendo briefings diários de notícias. De fonte segura, claro.
Como organiza o seu trabalho?
Tive que me reorganizar completamente. Agora faço tudo a partir de casa. Organizo a minha agenda, da melhor forma que consigo. As reuniões deixaram de ser presenciais, o Zoom está muitas vezes ligado. Uso outras ferramentas como o Skype, o Whatsapp, e o Teams… O meu foco virou-se para novas possibilidades de negócio que surgiram com a pandemia.
“Estamos a ajudar as empresas portuguesas a adquirir equipamentos de proteção individual, a preços justos. Custou-me muito ver a especulação a que as máscaras estiveram sujeitas, por estes dias.”
Este “tempo suspenso” poderá ser transformado em oportunidade? E, se sim, como?
Gostamos muito de dividir o tempo, de o compartimentar, mas a verdade é que o tempo é um continuo, único. A vida até pode estar suspensa, mas o tempo continua a sua marcha. Tenho trabalhado na construção de um Francisco menos imperfeito. A reflexão e a meditação ocupam agora uma parte ainda mais relevante dos meus dias. Obviamente que é uma oportunidade. Se melhorarmos o nosso eu, estamos a melhorar a humanidade, e até o próprio planeta.
Existem novos projetos nascidos deste “tempo suspenso”?
Sim, claro. Participamos ativamente num consórcio com empresas chinesas e filipinas no desenvolvimento de uma solução de desinfeção para pessoas e bens. Trata-se de uma solução que permite destruir todos os vírus existentes no exterior dos seres que a usem. Imagine que na entrada do seu restaurante preferido, (ou supermercado, centro comercial, estádio de futebol, escritório…), passa por uma câmara, onde é verificada a sua temperatura corporal, desinfeta as suas mãos, e posteriormente é pulverizado com um produto que elimina todos os vírus que existam no seu exterior. Além disso com os nossos contatos privilegiados por todo o mundo, estamos a ajudar as empresas portuguesas a adquirir equipamentos de proteção individual, a preços justos. Custou-me muito ver a especulação a que as máscaras estiveram sujeitas, por estes dias.
Como ocupa o tempo livre?
Curiosamente, nesta altura, tenho muito poucos tempos livres. Tenho dedicado o meu tempo livre à família, aos amigos, e a tentar apreciar um pouco mais a beleza do nosso maravilhoso planeta. A partir da minha casa, claro!
Sugestão para os seus clientes e outras pessoas?
Mantenha-se em segurança. Por si, pela sua família, pelo seu país e pela humanidade.
O ESPAÇO – Reinventar diariamente, para não saturar.

MÚSICA
A música está sempre presente no dia-a-dia da minha rotina diária. Aprecio imenso concertos ao vivo. A voz do Leonard Cohen é mágica, quente e muito envolvente.

DESPORTO
Um dos meus maiores prazeres. Além de saudável é um jogo desafiante. Permite ultrapassar-me os meus limites e vencer a mim mesmo.

FUTEBOL
Finalmente, os jogos de futebol estão a voltar. Apesar de ainda não ser possível estar nas bancadas a apoiar o meu clube, a emoção de o ver em campo é “bálsamo”!