Rubrica XYZLAB

A situação atual está a afetar a vossa vida e o vosso trabalho?
Sem dúvida, sofremos com uma redução ao nível da angariação de novos clientes e com o adiamento de alguns projetos. Esta situação fez-nos arregaçar as mangas e acelerar o processo da transformação digital. Muitas reuniões via Skype com os clientes, via Zoom com o nosso estagiário e colegas de trabalho, às inúmeras videochamadas, mensagens de WhatsApp e emails trocados.

Como organizam o vosso trabalho?
Trabalhamos mais a partir de casa mas continuamos a ir às instalações da empresa num horário reduzido. De repente, o digital tornou-se mais presente do que nunca na vida de todos. Mas como já trabalhámos alguns anos em regime freelancer e a partir de casa, a adaptação a esta nova realidade tornou-se mais fácil para nós. O nosso desafio diário tem sido tentar cumprir o mesmo horário de trabalho. Muitos projetos que tinham sido iniciados previamente a este período excepcional, tiveram de ser adaptados à situação atual, nomeadamente o desenvolvimento de workshops remotos.

O tempo suspenso poderia ser transformado em oportunidade? E se sim, como?
Consideramos importante encarar este tempo como uma oportunidade para tentar criar novos negócios, novos produtos e serviços, realizar novas parcerias e também para investirmos em nós próprios.

Existem novos projetos nascidos deste “tempo suspenso”?
Sim, no surgimento da Covid-19 a Comunidade Maker na qual estamos inseridos, detetou a necessidade de desenvolver e apoiar o sistema de saúde e respetivos profissionais, através do desenvolvimento de peças para ventiladores, produção de ventiladores low-cost e de viseiras de proteção individual, recorrendo à impressão 3D, ao corte a laser e a cortante em gráfica.
Como houve uma grande necessidade ao nível nacional, criaram-se grupos regionais para conseguir responder localmente. No nosso caso formou-se um grupo com Makers do Oeste e de Lisboa. De momento, já foram doadas cerca de 25000 viseiras a Hospitais, Centros de Saúde, Associações como a Liga Portuguesa contra o Cancro e Cruz Vermelha, Bombeiros Voluntários, Lares e IPSS, GNR, Juntas de Freguesia e outras entidades afetas a trabalhos de desinfeção … Criou-se assim uma dinâmica entre empresas, fablabs, associações, escolas e respetivos municípios, desde a conceção à entrega das viseiras nos locais.
Temos também trabalhado no sentido de capacitar pequenas empresas e negócios a se integrarem no mercado digital.
E, como já referimos, tivemos que reinventar novas soluções para adaptar os projetos.
Por exemplo, uma plataforma na área de Mental Health, que estamos a desenvolver para a Universidade Nova de Lisboa, em que a metodologia que utilizamos para a sua construção é através do design participativo com a realização de workshops, que inicialmente eram presenciais mas agora passaram para a via remota.

Como ocupam o vosso tempo livre?
Como vivemos num condomínio fechado e temos um vizinho PT, todos os domingos temos feito exercício físico a partir da nossa varanda, praticado muito Mindfullness porque vivemos no campo rodeados pela natureza que é extremamente relaxante, e passado bons momentos com os nossos animais domésticos. A Cláudia também está a tirar a Formação de Formadores CCP e eu tenho também aproveitado para ler mais.

Sugestão para os vossos clientes e outras pessoas?
Quanto mais depressa nos adaptarmos a esta nova realidade e forma de estar, mais fácil será! Muito sinceramente, todos teremos de renascer e de readaptar o nosso modelo de negócio para encarar os novos tempos que virão.
Podem contar com o nosso apoio, know-how e ferramentas para reajustar o vosso negócio, porque a melhor saída é seguir em frente!

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